
Santa Cruz, importante município potiguar, de repente se tornou num importante destino turístico do Rio Grande do Norte, com a edificação, pelo então prefeito Antonio Farias (hoje deputado estadual), conhecido nas lides políticas e sociais como Tomba, quando resolveu edificar a estátua de Santa Rita de Cássia, um dos maiores monumentos do turismo brasileiro e alhures.

A cidade que fica encravada na região do Trairi, cresceu bastante com o nascer do turismo religioso. A estátua de santa Rita de Cássia é um verdadeiro cartão postal e orgulho dos norte-rio-grandenses. Breve, Santa Cruz será contemplada com o teleférico.
Este estudo sobre os trajetos históricos da devoção a Santa Rita de Cássia, na forma como ela é vivenciada em Santa Cruz (RN), considera dois aspectos principais: o primeiro refere-se à manifestação religiosa que confere sentido e sacralidade ao espaço do Santuário, tendo em vista o fato de a devoção a Santa Rita estar presente desde os primórdios da cidade; o segundo diz respeito ao impacto direto causado pelo Santuário em vários pontos positivos de atração para os turistas. Esse fator mui importante e de alto significativo voltado para a indústria do turismo religioso fortaleceu sobremaneira a economia de Santa Cruz e adjacências, entre outros pontos positivos.
A construção da estátua de Santa Rita de Cássia foi uma iniciativa importante e incontestável do então prefeito Tomba, hoje deputado estadual, que colocou Santa Cruz na rota do turismo religioso por esse mundo a fora, e na conjuntura atual, Santa Cruz é o principal destino turístico religioso do Rio Grande do Norte e alhures.
Nascida em 1381, na República de Cássia (foto), onde faleceu em 1457, Santa Rita chamava-se Margherita, e teve sua vida pontuada por aspectos bastante positivos, quando despertou a sua altaneira avocação religiosa de Rita.
RESUMO HISTÓRICO DE SANTA CRUZ

Distrito criado com a denominação de Santa Cruz da Ribeira do Trairi, pela lei provincial, nº 24 de 27-03-1835. Elevado à categoria de vila com a denominação de Santa Cruz da Ribeira do Trairi, pela lei provincial nº 777, de 11-12-1876, desmembrado do município de São José de Mipibú.
Pertenciam à grande nação tapuia os índios que dominavam quase toda a Ribeira do Trairi, aglomerando-se nas serras do Ronca, Tapuia e Doutor, atual Município de Santa Cruz. Aí foram encontradas ossadas humanas e diversos objetos pertencentes aos silvícolas, cujo desaparecimento data por volta de 1800. Acredita-se que ainda no século XVIII se tenha dado a primeira penetração do elemento civilizado. Entretanto, a colonização só se iniciou em março de 1831, quando Lourenço da Rocha, seu irmão João da Rocha e um companheiro de nome João Rodrigues da Silva, percorrendo os sertões, tocaram naquelas paragens as quais denominaram Malhada do Juazeiro. Pela altura e fronde, sobressaía-se entre os demais, belo juazeiro que se erguia no local onde hoje se situa a Igreja Matriz. A capela, sob a invocação de Santa Rita de Cássia, foi edificada em 1835. Dotada de indispensável patrimônio, incluindo-se paramentos e alfaias, obteve-se provisão para que se celebrassem missas. Tendo vindo de Cachoeira a primeira imagem da Padroeira, o lugarejo passou a ser conhecido como Santa Rita da Cachoeira.
Liszt Madruga
Jornalista e Presidente da ABRAJET – RN
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